Durante manifestação realizada, nesta segunda-feira (15), os professores da rede municipal de Salvador aprovaram um indicativo de greve para o dia 6 de maio. A decisão foi tomada em assembleia da categoria, após pedido para obedecer ao piso salarial nacional do magistério público da educação básica, que está sendo descumprido na capital baiana.
“Dia 6 de maio, não tendo negociação, não tendo proposta, dia 6 de maio, a educação de Salvador vai parar. Apesar disso, queremos dizer que estamos aqui aguardando o Executivo, secretário de educação, gestão, ou o prefeito Bruno Reis, negociarem e apresentarem proposta. Estamos nessa luta pelo piso salarial”, afirmou Ciclea, diretora da APLB-Sindicato, com exclusividade ao É Notícia.
Os educadores alegam que a remuneração atual, de cerca de R$ 2.800, está abaixo do valor mínimo estabelecido pelo Ministério da Educação para 2025, que é de R$ 4.867,77. Além disso, a categoria reivindica uma auditoria nas contas da educação municipal, cobrando mais transparência na aplicação dos recursos públicos.
Salvador figura entre as capitais que menos pagam aos profissionais do magistério, ficando atrás de cidades como Aracaju, Boa Vista e Natal. Mesmo com o reajuste proposto em abril de 2024, o valor inicial do salário para 40 horas semanais chegou apenas a R$ 3.072,88 — ainda distante do piso nacional.