A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, decidiu repassar ao acervo público condecorações recebidas durante uma cerimônia oficial com representantes dos Emirados Árabes Unidos. A entrega foi feita ao setor de patrimônio do próprio ministério e incluiu um medalhão e duas medalhas de diferentes dimensões.

A iniciativa da ministra ocorreu após consulta formal à Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que analisou o valor simbólico e material das peças. Segundo parecer da conselheira Carol Proner, relatora do caso, os itens superam o conceito de “brinde protocolar” e devem ser classificados como presentes diplomáticos entre Estados, sendo, portanto, de titularidade pública.

A análise levou em consideração a possibilidade de os objetos conterem materiais valiosos ou metais nobres, o que poderia configurar conflito ético se mantidos como itens pessoais. A recomendação foi pelo registro das condecorações no sistema e-Agendas e sua destinação como parte do patrimônio da administração federal.

De acordo com nota do Ministério do Meio Ambiente (MMA), os objetos foram oferecidos durante um encontro oficial com autoridades dos Emirados, como gesto de reconhecimento à atuação de Marina em temas ambientais globais.

Ainda em 2023, durante a realização da COP28, a ministra foi agraciada com a Ordem de Zayed II, a mais alta honraria concedida pelo governo dos Emirados Árabes. Na ocasião, Marina foi reconhecida por seu histórico de atuação em defesa do meio ambiente e por sua contribuição às negociações climáticas internacionais.