Pelo segundo dia consecutivo, sessão na Câmara de Salvador é suspensa por falta de quórum

Política
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Pelo segundo dia seguido, a Câmara Municipal de Salvador teve que suspender sua sessão ordinária por não alcançar o número mínimo de vereadores exigido para a abertura dos trabalhos. Mesmo com a pauta do dia publicada, a reunião desta terça-feira (27) no auditório do Centro de Cultura da Casa não aconteceu como previsto. Apenas uma pequena parcela dos parlamentares compareceu, em sua maioria representantes da oposição.

Na terça-feira, a ausência da base aliada se deu principalmente pela mobilização na Assembleia Legislativa da Bahia, onde vereadores ligados ao governo se reuniram para protocolar um pedido de cassação contra o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL). O motivo da ação foi a participação do parlamentar em um ato que resultou na invasão do plenário da CMS na semana anterior, durante a votação do polêmico reajuste salarial de servidores públicos.

O episódio da invasão e os desdobramentos posteriores agravaram a tensão entre os dois blocos políticos na Câmara. O episódio aprofundou a tensão política no Legislativo soteropolitano. Em entrevista à Rádio Excelsior, o vereador Claudio Tinoco (União Brasil) resumiu o clima instalado na Casa: “Há um clima de guerra na Câmara entre os vereadores da oposição e da base aliada”, afirmou. Ele ainda destacou que, na terça, servidores organizavam mais uma manifestação na Praça Thomé de Souza, no mesmo local onde começou o protesto que terminou na invasão.

Já nesta quarta-feira (28), a sessão voltou a ser suspensa pelas mesmas razões: a baixa presença dos vereadores impossibilitou a continuidade dos trabalhos legislativos. Mesmo com a tentativa de retomada, apenas representantes da oposição estiveram presentes, tendo que deixar o local logo em seguida diante do esvaziamento da Casa.

Vale lembrar que, segundo o Regimento Interno da CMS, a presença dos vereadores nas sessões é obrigatória, inclusive para garantir o início das atividades. Ausências só podem ser justificadas em casos específicos, como compromissos relacionados ao mandato ou quando a sessão não for deliberativa.

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