A greve dos servidores municipais de Salvador, deflagrada na última terça-feira (27), segue mobilizando trabalhadores em diversos setores da administração pública. A paralisação teve início após o rompimento das negociações da campanha salarial de 2025 por parte da gestão municipal. O movimento foi oficialmente anunciado durante uma manifestação realizada na Rua Chile, no Centro da capital, organizada pelo Sindicato dos Servidores e Servidoras da Prefeitura de Salvador (Sindseps).
De acordo com o sindicato, entre 22 mil e 28 mil servidores aderiram à greve, incluindo guardas civis, agentes da Transalvador, profissionais da saúde, psicólogos, assistentes sociais, técnicos de enfermagem e outras categorias. Apesar da paralisação, o Sindseps garante que 60% do efetivo será mantido em atividade para assegurar o funcionamento dos serviços essenciais à população.
A decisão pela greve ocorreu após o tumultuado episódio da última quinta-feira (22), quando servidores ocuparam a Câmara Municipal durante a votação do reajuste salarial da categoria. O pleito dos servidores era de 25% de aumento, além de auxílio-alimentação. No entanto, os vereadores aprovaram um reajuste de apenas 4,83%, o que gerou revolta entre os trabalhadores.
Na mesma sessão, foram aprovados aumentos específicos para os profissionais da educação, que estão em greve desde o dia 6 de maio. Os professores receberão reajustes de 9,25% para o Nível 1/A, 6,65% para o Nível 1/B e 6,27% para o quadro suplementar. Ainda assim, o sindicato da categoria segue cobrando a aplicação integral do piso nacional do magistério, fixado em R$ 4.867,77.
O prefeito Bruno Reis, por sua vez, afirmou que o reajuste concedido aos professores é o maior entre todas as capitais brasileiras e governos estaduais, e defendeu que a proposta do Executivo representa o limite financeiro da administração municipal.