Em uma assembleia realizada na manhã desta terça-feira (6), no Campo Grande, em Salvador, professores da rede pública municipal decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado. A reunião, convocada pela APLB-Sindicato, ocorreu sob forte chuva e com a presença da classe que, de forma unânime, aprovou a paralização.
A classe contesta a proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura de Salvador. A oferta do Executivo prevê aumento linear de 4%, sendo 2% em maio e outros 2% em outubro. O sindicato argumenta que a medida está abaixo do piso nacional do magistério.
“Nem mesmo o temporal impediu os professores de dizerem basta. A proposta da Prefeitura é um desrespeito à categoria, que há anos luta por seus direitos básicos. A greve é nossa resposta”, afirmou Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB.
No ofício encaminhado à Prefeitura, a entidade comunicou o início imediato da greve e divulgou uma agenda de mobilizações voltada ao diálogo com a sociedade. Segundo o sindicato, os profissionais também reivindicam melhorias nas condições de trabalho, infraestrutura escolar e valorização profissional.
Para esta quarta-feira (7), está prevista uma ação na Estação da Lapa, às 10h, com o objetivo de ampliar a divulgação sobre os motivos da paralisação. Além da reivindicação salarial, a categoria aponta problemas como salas de aula sem climatização, escassez de material pedagógico e a necessidade de reconhecimento profissional mais efetivo.
“Nós queremos o que é de direito. O mínimo que exigimos é o cumprimento da lei. E hoje, mesmo debaixo de chuva, mostramos que não aceitaremos menos do que merecemos”, reforçou Elza Melo, diretora da APLB.