Na véspera do conclave, cardeais eleitores da Igreja Católica começaram, nesta terça-feira (6), a cumprir o período de isolamento obrigatório dentro do Vaticano. A medida marca a preparação formal para o processo de escolha do novo papa, previsto para começar na quarta-feira (7), na Capela Sistina.
Hospedados em residências oficiais sem acesso a meios de comunicação como internet ou celular, os 133 cardeais com menos de 80 anos passam agora a viver em absoluto sigilo até o encerramento da votação. A eleição ocorre após a morte do Papa Francisco, no mês passado, e definirá o novo chefe da Igreja, que hoje possui cerca de 1,4 bilhão de fiéis.
O conclave será realizado com portas fechadas, conforme a tradição, e traz incertezas em relação ao resultado. Apesar de alguns nomes serem apontados como possíveis favoritos, fontes próximas ao colégio cardinalício indicam que ainda não há consenso.
Outro destaque desta edição é a composição diversificada do colégio de eleitores, que inclui cardeais oriundos de 70 países — um dos mais amplos recortes geográficos da história da Igreja.
A expectativa é que a decisão sobre o novo pontífice leve em conta não apenas questões espirituais e doutrinárias, mas também os desafios contemporâneos enfrentados pela instituição em todo o mundo.