Nana Caymmi é velada no Theatro Municipal do Rio

Brasil
Nana Caymmi/Instragram

O velório da cantora Nana Caymmi, 84 anos, que morreu nessa quinta-feira (1º), na Clínica São José, no Humaitá, no Rio de Janeiro, está sendo realizado no Theatro Municipal e vai até o meio-dia. O enterro está marcado para às 14h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.

Ao anunciar a morte da irmã pelas redes sociais, Danilo Caymmi, visivelmente emocionado, citou “nove meses de sofrimento” da artista, internada em uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) de um hospital. Ele pediu que “os fãs ajudassem a divulgar a notícia”.

Nascida Dinahir Tostes Caymmi, em 29 de abril de 1941, Nana foi a primogênita de três filhos do casal formado pelo cantor e compositor Dorival Caymmi e pela cantora Stella Maris. O irmão Dori nasceu em 1943 e Danilo em 1948.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, lamentou a morte de Nana Caymmi, destacando a importância da cantora para a cultura brasileira e a sua admiração pelo talento e pela voz da artista. A ministra reconheceu Nana “como uma das maiores intérpretes do Brasil e valorizou a sua contribuição para a memória e a criatividade do país”.

Carreira

Conhecida por suas interpretações sofisticadas e emotivas, Nana Caymmi deixou um legado importante para a música brasileira. Ela fez sua estreia como cantora em um disco do pai, com a música Acalanto, que Dorival Caymmi compôs em homenagem a ela quando criança.

Em 1966, Nana venceu a fase nacional do I Festival da Canção, no Maracanãzinho, interpretando Saveiros, de Dori Caymmi e Nelson Motta.

O poder da voz de Nana Caymmi foi reconhecido em 1976, quando ela recebeu o Troféu Villa-Lobos de Melhor Cantora do Ano, conferido pela Associação Brasileira de Produtores de Disco.

Seu álbum Resposta ao Tempo, de 1988, com a música homônima, de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos, foi um de seus maiores sucessos.

Ao longo de sua carreira, Nana Caymmi foi indicada a quatro Grammys Latinos. Ela ganhou em sua primeira indicação, em 2004, pelo álbum Para Caymmi, de Nana, Dori e Danilo, na categoria de Melhor Álbum de Samba/Pagode.

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