Deputado Elmar Nascimento cogita disputar vaga no TCU em 2026

Política
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Com a aposentadoria do ministro Aroldo Cedraz prevista para fevereiro de 2026, o cenário político em Brasília já começa a se movimentar em torno da sucessão no Tribunal de Contas da União (TCU). Entre os nomes cotados para ocupar o cargo está o do deputado federal baiano Elmar Nascimento (União Brasil), que admitiu estar avaliando a possibilidade.

Em entrevista ao jornal O Globo, Elmar deixou claro que ainda não há decisão tomada, mas reconheceu o interesse no posto. “A decisão a gente toma quando o momento exige, todas as opções estão postas. Em fevereiro, nós vamos ter uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), quem não gostaria? Vou avaliar, porque se eu sair (candidato), é para ganhar”, afirmou o parlamentar.

Embora o Partido dos Trabalhadores (PT) tivesse a expectativa de indicar um nome para o TCU, Elmar avalia que o atual ambiente político pode dificultar esse caminho, sobretudo considerando a disputa eleitoral que se aproxima.

“Como você vai convencer, em ano de eleição, a bancada do PL a votar em alguém do PT? Por ser ano eleitoral, eles começam com 150 votos contra”, argumentou, ao apontar a resistência que uma indicação petista pode encontrar no Congresso.

Direita e a corrida presidencial de 2026

Além de comentar sobre a sucessão no TCU, o deputado também opinou sobre o panorama eleitoral nacional. Segundo ele, a disputa presidencial deve continuar marcada pela polarização entre os ex-presidentes Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), ou um nome que conte com a bênção do ex-chefe do Executivo.

Apesar do União Brasil ter lançado o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como pré-candidato, Elmar considera que a viabilidade de um terceiro nome fora dessa polarização é remota. Em sua visão, o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparece como o nome mais apto a unificar o campo da direita, caso Bolsonaro fique de fora.

“Tem candidato que não dá para ir, e tem candidato que pode convergir todo mundo. Bolsonaro dá para ir, se a Justiça Eleitoral o liberar. Com Tarcísio, vai todo mundo. [Tarcísio] É uma escolha pelo pragmatismo. Vai mercado financeiro, vão os sete governadores da direita. Mas o Tarcísio só vai [ser candidato] se for convocado pelo Bolsonaro. Aí vai todo mundo, falando dos partidos de centro”, analisou Elmar Nascimento.

O movimento do deputado mostra não só sua disposição em buscar novos caminhos dentro da política institucional, como também sua leitura estratégica do atual tabuleiro eleitoral. O jogo, no entanto, só se define nos momentos finais — e, até lá, muitas cartas ainda podem ser lançadas.

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