Mesmo réu e inelegível, Bolsonaro diz que 2026 sem ele: “é negar a democracia”

Política
Reprodução/YouTube

A manifestação liderada por Jair Bolsonaro no último domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo, atraiu cerca de 44,9 mil participantes, segundo dados do Monitor do Debate Público no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP). Embora o ato tenha sido convocado em defesa da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, o ex-presidente preferiu concentrar seu discurso em uma possível volta ao cenário eleitoral em 2026.

Bolsonaro, que recentemente virou réu em processo relacionado a uma suposta tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Lula, utilizou o palanque para se defender das acusações e reforçar sua disposição de disputar as próximas eleições. “2026 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia, escancarar a ditadura no Brasil. Se o voto é a alma da democracia, a contagem pública do mesmo se faz necessária”, afirmou diante dos apoiadores.

Durante o evento, muitos manifestantes vestiam as cores da bandeira nacional e ostentavam batons como símbolo de apoio à cabeleireira Débora Rodrigues Santos — presa em regime domiciliar após pichar a estátua “A Justiça” com a frase “perdeu, mané” no dia dos atos golpistas. Bolsonaro mencionou Débora em seu discurso, destacando o caso como exemplo de perseguição.

Outro nome citado pelo ex-presidente foi o do deputado federal Eduardo Bolsonaro, seu filho, que está licenciado e atualmente residindo nos Estados Unidos. “Tenho esperança que ele consiga ajudar de fora”, declarou Bolsonaro, reforçando a expectativa de que o filho atue internacionalmente em defesa de sua causa.

Veja também