Um grupo de cordeiros realizou um protesto na tarde desta terça-feira (18) na Avenida Professor Manoel Ribeiro, no bairro do Stiep, em Salvador. A manifestação, que incluiu bloqueio da via com queima de galhos e pedaços de madeira, foi motivada pelo atraso no pagamento dos trabalhadores que atuaram no Carnaval deste ano nos blocos Eva e Me Abraça.

Segundo ele, todos os que tiveram com pulseira na mão, indicando ter trabalhado na folia, serão atendidos com seu devido pagamento. “Os pagamentos do EVA foram todos pagos, exceto 20 pessoas, 20 cordeiros que tiveram problema no BIP [identificação eletrônica usada no controle dos trabalhadores], que é o chip. Eles que fizeram aquela revolução toda, daquelas pessoas que ficaram pendentes. E a gente vai entender com o bloco direitinho, independente de BIP sai ou não, o cordeiro está com a pulseira na mão e a camisa vai ter direito ao seu pagamento”, se comprometeu.

Nesta semana já está agendada uma reunião para dialogar com o bloco sobre o pagamento. “O Sindicato teve conhecimento, antes mesmo da repercussão na mídia, das manifestações na Boca do Rio. Assim que soubemos, notificamos os blocos para que esclarecessem a situação na sede do sindicato. Está marcada para esta semana a homologação dos pagamentos dos cordeiros que ainda não receberam. O Sindicato vai garantir que os blocos quitem suas pendências”, afirmou Matias Santos, do SindCorda.

Matias ressaltou que a manifestação desta terça (18) não foi organizada pelo Sindicato. “Os cordeiros são livres para negociar e, caso necessário, paralisar suas atividades. No entanto, quando a situação chega até nós, temos a responsabilidade de intermediar para que ninguém saia prejudicado”, finalizou.

Blocos negam acusações

Em nota, o Grupo EVA, responsável pelos blocos Eva e Me Abraça, negou que haja débitos pendentes com os cordeiros. Segundo a empresa, todos os pagamentos foram realizados à SE7EN Entretenimento, empresa responsável pela contratação dos trabalhadores.

A empresa afirmou ainda que todos os profissionais contratados receberam fardamento, equipamentos de proteção individual (EPIs), alimentação e uma remuneração diária superior ao previsto no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).