A Câmara Municipal de Salvador (CMS) contratou um seguro contra incêndio para “bens móveis, imóveis e equipamentos pertencentes” à Casa, pouco mais de uma semana depois de parte do prédio ser atingida pelo fogo.

O incêndio ocorreu em 24 de fevereiro, logo após a posse de dois novos vereadores, atingindo a área próxima ao Salão Nobre. Apesar das chamas, nenhum móvel foi destruído. A principal suspeita é de que o fogo tenha sido causado por uma pane no sistema de ar-condicionado.

Obras de arte da Câmara de Salvador estão preservadas

O incêndio ocorrido no telhado e no forro do Paço Municipal não causou danos significativos ao acervo do Memorial da Câmara Municipal de Salvador. A avaliação foi feita pelo restaurador José Dirson Argolo, professor da Escola de Belas Artes da UFBA e especialista no acervo da Casa Legislativa.

Após vistoriar o local, Argolo afirmou que nenhuma peça foi diretamente afetada pelo fogo, havendo apenas pequenas perdas de policromia em algumas obras durante a remoção. Ele destacou a importância da preservação do acervo, composto por obras de arte, mobiliário, documentos e achados arqueológicos.

O especialista recomendou que as peças retiradas do Memorial e do Salão Nobre só retornem ao local após a recuperação completa do espaço e a eliminação da umidade, causada pela água utilizada no combate ao incêndio. Segundo ele, o excesso de umidade pode favorecer o surgimento de fungos e microrganismos que comprometem a conservação das pinturas.