Jerônimo diz que investiga excessos na Operação em Fazenda Coutos

Política
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O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou nesta quarta-feira (5), que a administração estadual irá investigar possíveis excessos da Polícia Militar na operação que resultou na morte de 12 pessoas em Fazenda Coutos, bairro de Salvador. O caso ocorreu na última terça-feira (4) e será analisado por diferentes órgãos estaduais.

Durante a gravação do podcast “Fala Jerô”, produzido pelo governo estadual, o governador comentou sobre o ocorrido e mencionou que a Secretaria de Segurança Pública (SSP) vinha monitorando disputas entre facções criminosas na região. “Aconteceu, em Fazenda Coutos, a morte de 12 pessoas. Essa comunidade tinha sido violentada e, por muito tempo, estava se queixando com a polícia. A inteligência detectou, por câmeras, a disputa de duas facções e uma delas se colocando como vencedora, querendo mandar, proibindo as pessoas de circular”, declarou Rodrigues.

O governo também informou que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) está acompanhando o caso e analisando se houve excessos por parte da polícia. “Eles enfrentaram a polícia. Nós pedimos para que todo o estudo seja feito, para verificar se houve exagero da polícia. Hoje à tarde, o secretário dos Direitos Humanos, Felipe, se reuniu com Ministério Público e Defensoria, para zelar. O estudo está acontecendo para a gente averiguar se houve exagero”, acrescentou o governador.

Ainda nesta quinta-feira, Felipe Freitas, titular da SJDH, organizou uma reunião conjunta com representantes do Sistema de Justiça. O encontro também contou com a presença de Marcelo Werner, secretário de Segurança Pública; Pedro Maia, procurador-geral de Justiça da Bahia; Camila Canário, defensora pública-geral do estado; Antônio Faiçal, juiz do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo do Tribunal de Justiça da Bahia (GMF/TJBA); Representantes das Polícias Civil e Militar.

O secretário Felipe Freitas reforçou o compromisso das instituições com a transparência no processo. “É dever das instituições de Estado assegurarem máxima transparência nas suas ações, em especial quando há mortes envolvidas. O Governo do Estado colaborará para que o Ministério Público tenha pleno acesso aos dados da ocorrência e que o Poder Judiciário e os órgãos de correição possam se manifestar tecnicamente sobre o processo. É preciso aguardar o desfecho das investigações”, afirmou.

 

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