O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniram nesta quarta-feira (5) para discutir as principais pautas econômicas que deverão ser tratadas pelo Legislativo em 2025. Haddad iniciou a reunião agradecendo o trabalho da Câmara nos últimos dois anos sob a liderança do deputado Arthur Lira (PP-AL).
Ele destacou a aprovação de 32 projetos estratégicos no período e ressaltou a importância da parceria com Motta, que foi líder do Republicanos na Casa.
“Vim em primeiro lugar agradecer o que já foi feito pela Câmara ao longo desses dois anos, sob a liderança do deputado Arthur Lira (PP-AL). De projetos estratégicos, foram 32 aprovados. E trouxemos [a agenda] a conhecimento do presidente Hugo Motta, que conviveu conosco nesses dois anos como líder. Foi um líder de muito prestígio e muita efetividade”, afirmou Haddad.
Eixos da agenda econômica
Durante o encontro, o ministro apresentou três pilares que serão prioridade para o governo em 2025:
- Política fiscal e estabilidade econômica
- Aprimoramento do ambiente de negócios
- Plano de transformação ecológica
A principal pauta em termos de impacto econômico será a regulamentação da Reforma Tributária. O primeiro Projeto de Lei Complementar (PLC 68/2024) já foi sancionado, mas ainda falta a aprovação do PLC 108/2024, que define as regras do Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). Esse comitê será responsável por recolher e distribuir a arrecadação do tributo entre Estados e municípios. O texto foi aprovado no Senado e aguarda nova análise na Câmara.
Além disso, Haddad indicou que o governo federal pretende avançar na reforma tributária sobre a renda, uma etapa ainda pendente do processo. Até agora, as mudanças focaram na tributação do consumo. O próximo passo do governo Lula será cumprir a promessa de isentar do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) aqueles que ganham até R$ 5.000.
A reunião entre Motta e Haddad reforça o compromisso do governo em buscar consenso com o Legislativo para avançar em medidas que possam fortalecer a economia e atrair investimentos.
