O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) teve sua candidatura melada para a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). A situação se deve por conta do acordo entre o PSD e PT, envolvendo as eleições da União dos Prefeitos da Bahia (UPB) e as eleições de presidente da Casa e as eleições estaduais de 2026. Com dificuldades para realizar seu desejo, fontes informaram ao Nordeste Agora que Rosemberg já trabalha com a possibilidade de retornar ao posto como líder da bancada do PT.
No início da legislatura, biênio 2023-24, Rosemberg esteve à frente do partido, mas iria sair do posto para assumir vice-presidência da Casa na candidatura de Adolfo Menezes (PSD), que tenta reeleição mas enfrenta complicações judiciais para consolidar seu terceiro mandato. Apesar da tentativa do petista, acordo entre o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o senador Otto Alencar (PSD), dificultou que o parlamentar ocupasse a posição.
Assim, deve ser publicado no Diário Oficial da ALBA, desta quarta-feira (29), a realização da votação, nesta quinta-feira (30), para mudança regimental. Assim, em caso de vacância, um novo pleito precise ser realizado em até 48h para escolha do presidente da Casa Legislativa da Bahia. Com a figura meramente simbólica do vice-presidente, estando na cadeira só para convocar no pleito, Rosemberg não teria interesse na posição, e sim de retornar para liderança do seu partido.
Apesar disso, fontes ouvidas pela matéria, afirmaram que tais escolhas serão efetivamente consolidadas após reunião entre o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e Adolfo Menezes (PSD), marcada para tarde desta terça-feira.
“Terei uma reunião com o presidente, mas não é somente para tratar das eleições. Quero discutir a minha ida à Assembleia no dia 5 [de fevereiro] para a leitura da mensagem de abertura dos trabalhos. Também quero avaliar quais projetos estratégicos podemos pensar juntos e fazer um balanço do que foi enviado em 2024”, explicou Jerônimo.
“É claro que deverá haver uma conversa sobre isso [eleição], mas já disse que não vou interferir. É o Poder Legislativo que deve escolher. Tenho, sim, o desejo de ver um presidente como Adolfo, que é um parceiro e não é um homem de meias palavras. A Assembleia respeita a presidência dele”, completou.